Extremos das Américas Quem sou Eu – Por Juli Hirata

por Juli Hirata

Sobre mim e o extremos das americas

Sou Juli Hirata nas redes sociais mas Juliana na vida real. Tenho um nome japones também: Kiomi mas nunca me dei muito bem com esse nome. Na escola, bem novinha, os meninos me chamavam de Ki Ômi! Não era legal…

Não sei direito a história do meu nome mas parece que era para ser uma homenagem ao meu avô paterno (de quem dizem, recebi o último sorriso) que se chamava Julio mas na época tinha uma Júlia na novela e minha mãe não quis que pensassem que era em homenagem a personagem.

“FIQUEI ENTÃO COM JULIANA, GOSTO DO MEU NOME.”

Sou bióloga, ecóloga e mestre em conservação da biodiversidade vegetal. Estudei quase que minha vida inteira em São Paulo e apesar de viver e amar a cidade sempre trabalhei pelas florestas. Biologia da conservação e gestão de áreas protegidas são minhas paixões no campo do conhecimento.

Terminei meu mestrado em 2006 e desde então estou em busca “dA pergunta” que vou desejar responder no meu doutorado.

Até dezembro de 2015 estive em sala de aula com adolescentes e adultos. Eu realmente amava (a maior parte do tempo) estar ali em contato com aqueles seres humanos fantásticos, principalmente os adolescentes, eu os chamava constantemente de “universos”. As principais razões de gostar tanto da sala de aula são completamente egocentradas: aprendo a cada segundo, sobre mim e sobre o mundo.

Sobre o Entre Extremos das Américas

Como tudo começou

Em julho de 2015 me separei. As diversas razões pelas quais eu não queria mais estar casada são pessoais e tristes demais para colocar aqui mas foi um momento crucial para este projeto.

A separação foi a oportunidade para que eu pudesse, novamente ter a vida que eu havia abandonado há alguns anos. A vida de descoberta, aventura, de coragem, liberdade e totalmente fora da minha zona de conforto.

Vendi tudo que eu podia vender, quitei dividas, juntei todo o dinheiro que eu tinha e com a ajuda de algumas pessoas consegui reunir o suficiente para começar uma viagem. Fechei conta no banco, desfiz contratos, cancelei plano de telefone, entreguei trabalhos e fui ficando cada vez mais leve e livre. Era hora de ter a coragem de fazer o que eu queria fazer, viajar em busca da minha pergunta. O que é que eu quero saber de verdade?

O “Entre Extremos das Américas” é o projeto que reúne o que eu quero fazer: (1) conhecer as Américas e os americanos; (2) estudar e visitar importantes unidades de conservação (parques) e a relação das pessoas com essas áreas; (3) viajar de bike e; (4) sozinha.

Saber que não haviam muitas mulheres viajando sozinhas de bicicleta foi minha outra grande questão. Se você buscar, no mundo existe uma proporção desconcertante de 15 homens para cada mulher pedalando sozinha (levantamento pessoal e sem nenhum compromisso acadêmico).

Aparentemente as Américas são um lugar ainda mais inóspito para a presença feminina, no momento (primeiro semestre de 2016 – se souber de mais alguém me avise que acrescento aqui) temos somente 8 mulheres (comigo 9!) viajando por aqui de bicicleta (Ada Cordeiro – “Uma PedalAda pela América”, Ana Laura – “Ana pela América”, Andrea María -“El Sur Bici-ble”, Carol Emboava -“Giramérica”, Cristiane Ferreira -“en Bicla por America”, Cristina Spinola -“Sola en Bici”, Kathy Carrasco e Vivi Benjamin) e todas essas mulheres são minha inspiração! Quero me juntar a elas nessa presença tão fundamental pelo direito de viajarmos na nossa própria companhia.”

POR ONDE JULI HIRATA PASSOU